Espeschit

Tereza Corrêa Ferreira RABELOIdade: 67 anos18311898

Nome
Tereza Corrêa Ferreira RABELO
Nomes
Tereza Corrêa Ferreira
Sobrenome
RABELO
Nome de casada
Teresa Correa Ferreira Rabello
Nome de casada
Tereza Corrêa Ferreira CORR�A
Nascimento 1831 18

CasamentoFrancisco Joaquim CORRÃ?AView this family
1842 (Idade 11 anos)

Batizado de um filho
nº1
Luis Pedro Corrêa Ferreira RABELLO
1843 (Idade 12 anos)

Batizado de um filho
nº2
Francisco Corrêa Ferreira «Pexico» RABELLO
15 Junho 1844 (Idade 13 anos)
Batizado de um filho
nº3
Joaquim Corrêa RABELLO
1846 (Idade 15 anos)

Batizado de um filho
nº4
Bernardo Corrêa RABELLO
1849 (Idade 18 anos)

Batizado de um filho
nº5
José Corrêa «Juquinha» RABELLO
1851 (Idade 20 anos)

Batizado de um filho
nº6
Pedro Corrêa RABELLO
1853 (Idade 22 anos)

Batismo de uma filha
nº7
Terezinha Corrêa «Tia Zizinha» RABELLO

Falecimento de um filhoLuis Pedro Corrêa Ferreira RABELLO
1854 (Idade 23 anos)

Batizado de um filho
nº8
Sebastião Corrêa RABELLO
6 Agosto 1855 (Idade 24 anos)
Falecimento de um filhoJoaquim Corrêa RABELLO
1856 (Idade 25 anos)

Batismo de uma filha
nº9
Maria Nazareth Correa RABELLO
1859 (Idade 28 anos)

Batismo de uma filha
nº10
Mariana Corrêa RABELO
20 Agosto 1860 (Idade 29 anos)
Batizado de um filho
nº11
João Antônio Corrêa RABELLO
1861 (Idade 30 anos)

Falecimento de um filhoBernardo Corrêa RABELLO
1864 (Idade 33 anos)

Falecimento de um filhoJosé Corrêa «Juquinha» RABELLO
1869 (Idade 38 anos)

Casamento de um filhoFrancisco Corrêa Ferreira «Pexico» RABELLOGabriela Antonina da Mata «Inhá» MACHADOView this family
6 Maio 1870 (Idade 39 anos)

Falecimento de um maridoFrancisco Joaquim CORRÃ?A
10 Maio 1874 (Idade 43 anos)
Casamento de um filhoOlímpio Júlio de Oliveira MOUR�OMariana Corrêa RABELOView this family
3 Fevereiro 1877 (Idade 46 anos)
Falecimento de um filhoJoão Antônio Corrêa RABELLO
1879 (Idade 48 anos)

Falecimento de um filhoPedro Corrêa RABELLO
1886 (Idade 55 anos)

Falecimento da mãeTereza Joaquina de Jesus
1886 (Idade 55 anos)

Falecimento de um filhoFrancisco Corrêa Ferreira «Pexico» RABELLO
21 Julho 1892 (Idade 61 anos)
Falecimento 10 Novembro 1898 (Idade 67 anos)
Família com pais - View this family
pai
mãe
herself
Família com Francisco Joaquim CORRÃ?A - View this family
marido
herself
Casamento: 1842
2 anos
filho
17 meses
filho
3 anos
filho
filha
filho
3 anos
filho
3 anos
filho
3 anos
filho
4 anos
filha
20 meses
filha
16 meses
filho

Nota

Depois do fracasso do marido, Dona Tereza foi morar de volta com a mãe, sob um regime severo.

Paulo Krüger Corrêa Mourão, neto de Dona Tereza, conta que sua mãe dizia que as crianças eram tratadas como alunas internas de colégio. Costurava-se o dia todo com horários, regras e economias de uma casa de comunidade. A velha Dona Tereza Joaquina presidia esses trabalhos de sua rede, dando ordens que todos obedeciam respeitosamente, inclusive a escravaria.

O que Dona Tereza sofreu, na casa da mãe, com todos os filhos não se descreve.

Contam até o grande terror que passou, certa noite em que ficou só, em casa, com os filhos, enquanto a escravaria reunida perto estava agitada. Foi uma noite de angústia, receando pela sorte dos filhinhos, principalmente, das três meninas.

O regime era da casa de comunidade; a disciplina rígida; a economia rigorosa. Ficavam sentados costurando, sob os olhares severos da velha D. Tereza Joaquina que, da sua rede, impunha respeito a todos.

Este período amargo de D. Tereza Corrêa Ferreira Rabelo durou até que, segundo parece, o seu filho Francisco, tendo conseguido estudar e formar-se em Direito pela Faculdade de São Paulo, tomou a si os elevados encargos da família, assim tornada independente.

Morando em Curralinho, hoje Extração, durante muitos anos, a família mudou-se depois para Diamantina. Aí possuia uma espécie de chácara, no largo de D. João, ainda existente, que pertenceu mais tarde ao Sr. Pedro Miranda. Nessa casa, residiu a viúva D. Tereza Corrêa Ferreira Rabelo com a sua filha Terezinha e com o filho Padre Pedro Corrêa Rabelo, durante vários anos.

Aí morreu o Padre Pedro e, tempos depois, D. Tereza.

(Segundo Paulo Krüger Mourão, no livro Estudo Genealógico eBiográfico das Famílias Corrêa, Rabelo e Corrêa Rabelo.)

Mariana Jofrina de Miranda Figueiredo in Outros Tempos...quando eu era a heroína, narra a história da seguinte maneira:

HISTÃ?RIAS QUE VOVÃ? CONTAVA

Vovó, sempre que podia, procurava distrair os netos,contando-lhes passagens da História Sagrada e de sua própria vida.

(...)

Ela era mansa e parecia tão indefesa, com sua aparência franzina, seu ar calmo e tranqüilo, entregue, quase sempre, às suas obrigações religiosas.

Já se aposentara do árduo mister do magistério primário.

Quase sempre, às tardes, reservava um horário, em que ia narrando, para netos, passagens da História Sagrada. E as passagens bíblicas eram revividas, com um conhecimento e seqüência admiráveis.

(...)

Outras vezes, Vovó contava episódios da sua infância.

Sua mãe era filha única, de uma fazendeira rica, lá do Serro.

Casou-se aos onze anos de idade com um português, talvez aventureiro, de cerca de trinta e três anos de idade.

Como a jovem esposa ainda não possuísse nenhuma prenda doméstica, ficou combinado que ela ficaria em companhia de sua Mãe, até fazer a primeira comunhão, aprender alguma costura e coar café.

Ela detestava costurar!

Um dia, recebeu um recado do esposo impaciente: "ela fugisse para sua companhia, que não precisaria mais de se dedicar à costura."

A promessa era por demais tentadora.

E, numa tarde, aproveitando-se da ausência da Mãe, auxiliada por uma escrava, fugiu para a companhia do marido, seu Corrêia.

A fazendeira indignada, jurava nunca mais perdoar a filha, não liberando a parte da herança a que ela teria direito.

Seu Corrêia entrou na Justiça, para obrigar a Sogra a entregar-lhe o dote da esposa, o que foi conseguido.

Aumentou, assim, a desavença entre ela e o genro.

E, mais tarde, quando os maus negócios desbarataram o dote recebido, a Fazendeira, atendendo ao apelo da filha, mandou-lhe dizer que a receberia de volta ao lar, juntamente com os filhos, mas, o marido, nunca!

Assim, regressa ao lar materno aquela menina-moça, acompanhada de seis filhos pequenos, separada do marido, a quem nunca mais veria!

Ele, sem recursos, aceitou lecionar Línguas, na Escola de Minas, em Ouro Preto.

E a Vovó Tereza, assim chamada pelos netos, viveu humilhada na Fazenda de sua Mãe, até que os filhos, já independentes, indo residir em Diamantina, transferiram sua Mãe para lá.