Nascimento | 27 Maio 1912 |
Batizado de um filho nº1 | Cláudio Negreiros de LIMA 18 Fevereiro 1954 (Idade 41 anos) |
Batizado de um filho nº2 | Luis Eugênio Negreiros de LIMA 2 Maio 1959 (Idade 46 anos) |
Falecimento de um filho | Luis Eugênio Negreiros de LIMA 2 Maio 1959 (Idade 46 anos) |
Batizado de um filho | Luis Eugênio Negreiros de LIMA 2 Maio 1959 (Idade 46 anos) |
Falecimento de uma esposa | Maria Auxiliadora Nogueira de NEGREIROS 29 Maio 2008 (Idade 96 anos) |
Falecimento de um filho | Cláudio Negreiros de LIMA 4 Novembro 2015 (Idade 103 anos) |
Falecimento |
Família com pais |
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Júlia Maria dos SANTOS Nascimento: Itajubá, MG, Brasil |
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irmão |
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Família com Maria Auxiliadora Nogueira de NEGREIROS |
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esposa |
Maria Auxiliadora Nogueira de NEGREIROS Nascimento: 5 Julho 1923 27 28 — Maria da Fé, MG, Brasil Falecimento: 29 Maio 2008 — Londrina, PR, Brasil |
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Cláudio Negreiros de LIMA Nascimento: 18 Fevereiro 1954 41 30 — Londrina, PR, Brasil Falecimento: 4 Novembro 2015 — Londrina, PR, Brasil |
filha |
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filho |
Luis Eugênio Negreiros de LIMA Nascimento: 2 Maio 1959 46 35 — São Lourenço (Ponte do Carmo), MG, Brasil Falecimento: 2 Maio 1959 — São Lourenço (Ponte do Carmo), MG, Brasil |
filha |
Private |
Nota | Trabalhou na Indústria de Material Bélico do Brasil - IMBEL em Itajubá,MG como diarisa de 01 abr 1935 a 31 mar 1936 e como mensalista de 01 jun 1936 a 17 mar 1938. Em 12 out 1959 estava em Itajubá. === 7 Â? MEU CAMINHÃ?O E O MOTORISTA GERALDO LIMA Em 1928 comprei um caminhão Ford, por um conto e quinhentos. Tinha por meu chofer um menino de 12 anos que peguei nas ruas de São Lourenço: Geraldo Lima, órfão de pai. Dizia que a mãe morava em Itajubá. Rapaz esperto e ativo sabia guiar bem. Em pouco tempo, com o treino de viajar por estas bibocas, sem estradas e sem recursos, pousando pelas estradas, ficou um bom mecânico. Antes de ir para a Casa Grande eu já negociava com madeira serrada, a qual vendia em São Lourenço. Eram três dias de viagem. SaÃa daqui, pousava nos Campos e no outro dia entregava a madeira e voltava nos Campos. Agora, com a nova estrada do Rosário a São Lourenço, o meu fordeco ajudava a levar. A minha esposa fazia as nove sexta feiras e os sete domingos desde solteira; agora casados, Ãamos juntos à cavalo. SaÃamos à s 8 horas e à s 11 horas estávamos em casa. Mais tarde, quando aumentou os filhos, ela ia e eu ficava com as crianças. Nos domingos nos Ãamos todos de caminhão. Estradinha ruim e muita pedra lá em baixo. O Geraldo, o chofer, gostava de ver os caboclos, quando escutavam o barulho do caminhão, apeavam, pegavam na ponta do cabresto, deixavam o cavalo na beira da estrada, passavam pra lá da cerca de arame e quando o caminhão passava gritavam: - Devagar moço! Cuidado que este cavalo não é gente. Ã?s vezes eu ia à Pouso Alto de caminhão, para assistir a Semana Santa lá. Passava por Virginia e pela estrada de Itanhandú, saindo para cima do cemitério de São Sebastião do Rio Verde. Naquele tempo era só lá em Pouso Alto que havia a Semana Santa inteira. O povo todo da redondeza ia para lá. Eu com a famÃlia, o Teofinho com a Augusta, a Goica com os dois filhos Valter e José Dotte, Carmita com o Eduardo e Alda, entramos no caminhão e fomos. Viramos o alto do Rosário e descemos na Ãgua Limpa. Na passagem de um córrego queimou a embreagem do caminhão e tivemos que armar a barraca. Arranjei uma meia água na beira da vendinha. Forramos com encerados e acendemos o fogo para fazer a bóia. Eu carregava um jacá de caldeirão e um fogão de três pernas de ferro e uma correntinha no meio para pendurar as panelas. Conforme estava o fogo eu suspendia ou abaixava a panela. A Goica tratou de fazer o Â?macadameÂ?, tudo numa panela só: feijão cosido, arroz, macarrão e ovos. Ã?s vezes mexia um revirado que era muito gostoso e outras vezes comia-se com farinha. 10/12 REVISÃ?O NOV/2005 O Geraldo foi à VirgÃnia e arranjou a peça emprestada de outro caminhão, com o Zé Barbeiro. De tarde seguimos e ainda fomos passar em Pouso Alto, com a reza de minha esposa e com a proteção de Nossa Senhora do Rosário. Andava para todo o lado com meu caminhão, milagrosamente. Uma vez peguei um caminhão de batatas para levar em São Lourenço. Na passagem do Rosário duas mulheres pediram carona e o Geraldo parou e disse: - Sobe lá em cima! E ajeitou os sacos de batata para elas sentarem. Ao subir um tope nos Campos, tinha dado uma chuvinha e estava liso. O Geraldo embalou até o meio do morro, o motor afogou e Geraldo freou o caminhão. O carro derrapou e bateu no buraco da enxurrada e virou, encostando no barranco. As duas mulheres caÃram em cima do barranco juntamente com o encerado e uns sacos de batatas que tombaram também. Aprontaram uma berreira e o Peninha veio de carreira com uma caneca dÂ?água. Mas, graças a Deus, foi só um susto. As mulheres levantaram e foram andando. Nós empurramos o caminhão, pusemos os sacos de batata e pegamos o tope. Lá em cima alcançamos as mulheres. O Geraldo passou e elas zangaram com ele: - Não queremos mais esse amaldiçoado não! O Geraldo riu e elas falaram: - Qual é a graça, Â?fé-da-putaÂ?. Recordo do tempo de minha avó, Maria do Carmo, gostava de ver todos alegres e realizava bailes quase todos os sábados, com a reunião de todos. Eu também, nas festas de São João e Santo Antônio, levava a banda de musica do Rosário até Pouso Alto e trazia a banda de Cristina para tocar nos Pintos. Costumava buscar as mocas na Vargem Alegre para dançar. Na descida da serra de Cristina para Silvestre Ferraz, arrebentou o freio do caminhão e o Geraldo afirmou a direção. O povo lá em cima gritava: - Eta chofer bão! ... E o caminhão corria. Chegando em baixo o Geraldo me chamou e mostrou o freio escapado. Arrumou e pegou no tope. Uma vez fui buscar em Passa Quatro o papai com a esposa para dar um passeio nos Pintos. Passei por Pouso Alto e ao subir o tope perto do Triângulo, tinha um mata burro, o qual o caminhão afogou e a roda de trás escapou da viga do ata burro, ficando dependurado pelo eixo da roda. Nos descemos e foi preciso bois para puxar o caminhão. Com mais 5 ou 6 cm o caminhão cairia numa altura de uns 12 metros. Em duas horas tiramos o caminhão e fomos para o Rosário agradecer a Nossa Senhora do Rosário este milagre. 11/12 REVISÃ?O NOV/2005 Outra vez levei o meu povo a Silvestre Ferraz para tirar o tÃtulo de eleitos. Na volta, ao descer o morro da Ponte de Pedra, com a Ita, minha madrasta, eu na frente com o Geraldo e o povo em cima cantando a Ave Maria. O caminhão não tinha o vidro da frente, que estava quebrado. Veio um passarinho voando, bateu no peito do Geraldo, o qual largou a direção, pegou o passarinho, pôs o pé no freio, bateu a mão na direção e segurou o caminhão. A roda de trás suspendeu, andou no ar. Para o lado de baixo era um ladeirão. Desceram todos e seguraram o caminhão para o Geraldo ligar o motor e tocar na estrada. Outra vez, levava um caminhão de batatas para Caxambu. Para lá de São Lourenço, na descida do morro de Soledade, saiu a roda traseira do carro, abaixando o eixo e parou. A roda foi rolando ladeira abaixo. Tinha um camarada capinando, que começou a gritar e a pular com medo da roda vir nele. A roda desceu e pranchou na beira do Rio Verde. O Geraldo desceu e com o camarada ajudando trouxeram a roda. Eu procurei as porcas e arruelas, e pusemos de volta a roda, substituindo um pino que ficou faltando por um prego forte. Depois troquei o caminhão por um carro e uma boiada magra, mas traquejada no trabalho. Troquei com o Casemiro lá no Bom Retiro. Passado uns dias o Casemiro foi lá em casa buscar o Geraldo, pois o caminhão estava parado. Só andava com o Geraldo. O Geraldo foi e casou-se com Leonor. Quando nasceu seu primeiro filho: o Paulo Lima. Trouxe-o com a famÃlia para o Rosário. Puxava madeira para São Lourenço, mas desta vez com um bom caminhão e boas estradas. Depois de um ano mais ou menos ele foi para Itajubá. Lá ele, com força de vontade, entrou trabalhando na fábrica de armas. Estudando, fez o ginásio. Fez sociedade com o Paulo Pereira numa grande oficina. Perdeu a mulher com seu segundo filho Carlinhos. (Autobiografia do Zotinho) |
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