Geraldo LIMA Geraldo LIMA  ‎(I74)‎
Nomes: Geraldo
Sobrenome: LIMA

Sexo: MasculinoMasculino
      

Nascimento: 27 Maio 1912 Passa Quatro, MG, Brasil
Falecimento: Londrina, PR, Brasil
Dados Pessoais e Detalhes

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Nascimento 27 Maio 1912 Passa Quatro, MG, Brasil

Falecimento Londrina, PR, Brasil

Atualizado em 27 Novembro 2005 - 01:00:00
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Parents Family  (F45)
Antônio Acelino de LIMA
-
Júlia Maria dos SANTOS
-
Geraldo LIMA
1912 -
Delfina de LIMA
-
Manoel Rodrigues LIMA
-

Immediate Family  (F44)
Leonor RIBEIRO
-

Immediate Family  (F5)
Maria Auxiliadora Nogueira de NEGREIROS
1923 - 2008
Abgail Negreiros de LIMA
-
José Raimundo Negreiros de LIMA
-
Júlia Negreiros de LIMA
-
Neusa Negreiros de LIMA
-
Olga Negreiros de LIMA
-
Maria Izabel Negreiros de LIMA
-
Francisco de Assis Negreiros de LIMA
-
Geraldo Magela Negreiros de LIMA
-
Cláudio Negreiros de LIMA
1954 - 2015
Silvia Imaculada de LIMA
-
Joana d'Arque Negreiros de LIMA
-
Maria José Negreiros de LIMA
-
Estevão Negreiros de LIMA
-
Luis Eugênio Negreiros de LIMA
1959 - 1959
Soraia Cristina Negreiros de LIMA
-


Notas

Nota
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Trabalhou na Indústria de Material Bélico do Brasil - IMBEL em Itajubá,MG como diarisa de 01 abr 1935 a 31 mar 1936 e como mensalista de 01 jun 1936 a 17 mar 1938.
Em 12 out 1959 estava em Itajubá.


===
7 – MEU CAMINHÃO E O MOTORISTA GERALDO LIMA
Em 1928 comprei um caminhão Ford, por um conto e quinhentos. Tinha por meu chofer
um menino de 12 anos que peguei nas ruas de São Lourenço: Geraldo Lima, órfão de pai.
Dizia que a mãe morava em Itajubá.
Rapaz esperto e ativo sabia guiar bem. Em pouco tempo, com o treino de viajar por estas
bibocas, sem estradas e sem recursos, pousando pelas estradas, ficou um bom
mecânico.
Antes de ir para a Casa Grande eu já negociava com madeira serrada, a qual vendia em
São Lourenço. Eram três dias de viagem. Saía daqui, pousava nos Campos e no outro dia
entregava a madeira e voltava nos Campos. Agora, com a nova estrada do Rosário a São
Lourenço, o meu fordeco ajudava a levar.
A minha esposa fazia as nove sexta feiras e os sete domingos desde solteira; agora
casados, íamos juntos à cavalo. Saíamos às 8 horas e às 11 horas estávamos em casa.
Mais tarde, quando aumentou os filhos, ela ia e eu ficava com as crianças. Nos domingos
nos íamos todos de caminhão.
Estradinha ruim e muita pedra lá em baixo. O Geraldo, o chofer, gostava de ver os
caboclos, quando escutavam o barulho do caminhão, apeavam, pegavam na ponta do
cabresto, deixavam o cavalo na beira da estrada, passavam pra lá da cerca de arame e
quando o caminhão passava gritavam:
- Devagar moço! Cuidado que este cavalo não é gente.
Às vezes eu ia à Pouso Alto de caminhão, para assistir a Semana Santa lá. Passava por
Virginia e pela estrada de Itanhandú, saindo para cima do cemitério de São Sebastião do
Rio Verde. Naquele tempo era só lá em Pouso Alto que havia a Semana Santa inteira. O
povo todo da redondeza ia para lá.
Eu com a família, o Teofinho com a Augusta, a Goica com os dois filhos Valter e José
Dotte, Carmita com o Eduardo e Alda, entramos no caminhão e fomos. Viramos o alto do
Rosário e descemos na Água Limpa. Na passagem de um córrego queimou a embreagem
do caminhão e tivemos que armar a barraca. Arranjei uma meia água na beira da
vendinha. Forramos com encerados e acendemos o fogo para fazer a bóia. Eu carregava
um jacá de caldeirão e um fogão de três pernas de ferro e uma correntinha no meio para
pendurar as panelas. Conforme estava o fogo eu suspendia ou abaixava a panela. A Goica
tratou de fazer o “macadame”, tudo numa panela só: feijão cosido, arroz, macarrão e
ovos. Às vezes mexia um revirado que era muito gostoso e outras vezes comia-se com
farinha.
10/12 REVISÃO NOV/2005
O Geraldo foi à Virgínia e arranjou a peça emprestada de outro caminhão, com o Zé
Barbeiro. De tarde seguimos e ainda fomos passar em Pouso Alto, com a reza de minha
esposa e com a proteção de Nossa Senhora do Rosário. Andava para todo o lado com
meu caminhão, milagrosamente.
Uma vez peguei um caminhão de batatas para levar em São Lourenço. Na passagem do
Rosário duas mulheres pediram carona e o Geraldo parou e disse:
- Sobe lá em cima!
E ajeitou os sacos de batata para elas sentarem. Ao subir um tope nos Campos, tinha
dado uma chuvinha e estava liso. O Geraldo embalou até o meio do morro, o motor
afogou e Geraldo freou o caminhão. O carro derrapou e bateu no buraco da enxurrada e
virou, encostando no barranco. As duas mulheres caíram em cima do barranco
juntamente com o encerado e uns sacos de batatas que tombaram também. Aprontaram
uma berreira e o Peninha veio de carreira com uma caneca d’água.
Mas, graças a Deus, foi só um susto. As mulheres levantaram e foram andando. Nós
empurramos o caminhão, pusemos os sacos de batata e pegamos o tope. Lá em cima
alcançamos as mulheres. O Geraldo passou e elas zangaram com ele:
- Não queremos mais esse amaldiçoado não!
O Geraldo riu e elas falaram:
- Qual é a graça, “fé-da-puta”.
Recordo do tempo de minha avó, Maria do Carmo, gostava de ver todos alegres e
realizava bailes quase todos os sábados, com a reunião de todos. Eu também, nas festas
de São João e Santo Antônio, levava a banda de musica do Rosário até Pouso Alto e trazia
a banda de Cristina para tocar nos Pintos.
Costumava buscar as mocas na Vargem Alegre para dançar. Na descida da serra de
Cristina para Silvestre Ferraz, arrebentou o freio do caminhão e o Geraldo afirmou a
direção. O povo lá em cima gritava:
- Eta chofer bão! ...
E o caminhão corria. Chegando em baixo o Geraldo me chamou e mostrou o freio
escapado. Arrumou e pegou no tope.
Uma vez fui buscar em Passa Quatro o papai com a esposa para dar um passeio nos
Pintos. Passei por Pouso Alto e ao subir o tope perto do Triângulo, tinha um mata burro,
o qual o caminhão afogou e a roda de trás escapou da viga do ata burro, ficando
dependurado pelo eixo da roda. Nos descemos e foi preciso bois para puxar o caminhão.
Com mais 5 ou 6 cm o caminhão cairia numa altura de uns 12 metros. Em duas horas
tiramos o caminhão e fomos para o Rosário agradecer a Nossa Senhora do Rosário este
milagre.
11/12 REVISÃO NOV/2005
Outra vez levei o meu povo a Silvestre Ferraz para tirar o título de eleitos. Na volta, ao
descer o morro da Ponte de Pedra, com a Ita, minha madrasta, eu na frente com o
Geraldo e o povo em cima cantando a Ave Maria. O caminhão não tinha o vidro da frente,
que estava quebrado. Veio um passarinho voando, bateu no peito do Geraldo, o qual
largou a direção, pegou o passarinho, pôs o pé no freio, bateu a mão na direção e
segurou o caminhão. A roda de trás suspendeu, andou no ar. Para o lado de baixo era
um ladeirão. Desceram todos e seguraram o caminhão para o Geraldo ligar o motor e
tocar na estrada.
Outra vez, levava um caminhão de batatas para Caxambu. Para lá de São Lourenço, na
descida do morro de Soledade, saiu a roda traseira do carro, abaixando o eixo e parou. A
roda foi rolando ladeira abaixo. Tinha um camarada capinando, que começou a gritar e a
pular com medo da roda vir nele. A roda desceu e pranchou na beira do Rio Verde.
O Geraldo desceu e com o camarada ajudando trouxeram a roda. Eu procurei as porcas e
arruelas, e pusemos de volta a roda, substituindo um pino que ficou faltando por um
prego forte.
Depois troquei o caminhão por um carro e uma boiada magra, mas traquejada no
trabalho. Troquei com o Casemiro lá no Bom Retiro. Passado uns dias o Casemiro foi lá
em casa buscar o Geraldo, pois o caminhão estava parado. Só andava com o Geraldo.
O Geraldo foi e casou-se com Leonor. Quando nasceu seu primeiro filho: o Paulo Lima.
Trouxe-o com a família para o Rosário. Puxava madeira para São Lourenço, mas desta
vez com um bom caminhão e boas estradas. Depois de um ano mais ou menos ele foi
para Itajubá. Lá ele, com força de vontade, entrou trabalhando na fábrica de armas.
Estudando, fez o ginásio. Fez sociedade com o Paulo Pereira numa grande oficina. Perdeu
a mulher com seu segundo filho Carlinhos.

‎(Autobiografia do Zotinho)‎

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GERALDO_LIMA.JPGGERALDO_LIMA.JPG  ‎(M81)‎


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GERALDO_LIMAB.JPGGERALDO_LIMAB.JPG  ‎(M82)‎

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Família com Pais
Pai
Mãe
Júlia Maria dos SANTOS ‎(I233)‎
Nascimento Itajubá, MG, Brasil
#1
Geraldo LIMA ‎(I74)‎
Nascimento 27 Maio 1912 Passa Quatro, MG, Brasil
Falecimento Londrina, PR, Brasil
#2
Irmã
#3
Irmão
Família com Leonor RIBEIRO
Geraldo LIMA ‎(I74)‎
Nascimento 27 Maio 1912 Passa Quatro, MG, Brasil
Falecimento Londrina, PR, Brasil
Esposa
Família com Maria Auxiliadora Nogueira de NEGREIROS
Geraldo LIMA ‎(I74)‎
Nascimento 27 Maio 1912 Passa Quatro, MG, Brasil
Falecimento Londrina, PR, Brasil
11 anos
Esposa
 
Maria Auxiliadora Nogueira de NEGREIROS ‎(I35)‎
Nascimento 5 Julho 1923 27 28 Maria da Fé, MG, Brasil
Falecimento 29 Maio 2008 ‎(Idade 84)‎ Londrina, PR, Brasil
#1
Filha
#2
Filho
#3
Filha
#4
Filha
#5
Filha
#6
Filha
#7
Filho
#8
Filho
#9
Filho
Cláudio Negreiros de LIMA ‎(I94)‎
Nascimento 18 Fevereiro 1954 41 30 Londrina, PR, Brasil
Falecimento 4 Novembro 2015 ‎(Idade 61)‎ Londrina, PR, Brasil
#10
Filha
#11
Filha
#12
Filha
#13
Filho
#14
Filho
Luis Eugênio Negreiros de LIMA ‎(I1089)‎
Nascimento 2 Maio 1959 46 35 São Lourenço ‎(Ponte do Carmo)‎, MG, Brasil
Falecimento 2 Maio 1959 São Lourenço ‎(Ponte do Carmo)‎, MG, Brasil
#15
Filha