Sebastião Corrêa RABELLO  ‎(I1121)‎
Nomes: Sebastião Corrêa
Sobrenome: RABELLO

Sexo: MasculinoMasculino
      

Nascimento: 6 Agosto 1855 37 24 Curralinho, MG, Brasil
Falecimento: 10 Março 1933 ‎(Idade 77)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil
Dados Pessoais e Detalhes

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Nascimento 6 Agosto 1855 37 24 Curralinho, MG, Brasil

Falecimento 10 Março 1933 ‎(Idade 77)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil

Atualizado em 22 Março 2003 - 00:00:00
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Parents Family  (F108)
Francisco Joaquim CORRÊA
1818 - 1874
Tereza Corrêa Ferreira RABELO
1831 - 1898
Luis Pedro Corrêa Ferreira RABELLO
1843 - 1854
Francisco Corrêa Ferreira "Pexico" RABELLO
1844 - 1892
Joaquim Corrêa RABELLO
1846 - 1856
Terezinha Corrêa "Tia Zizinha" RABELLO
- 1932
Bernardo Corrêa RABELLO
1849 - 1864
José Corrêa "Juquinha" RABELLO
1851 - 1869
Pedro Corrêa RABELLO
1853 - 1886
Sebastião Corrêa RABELLO
1855 - 1933
Maria Nazareth Correa RABELLO
1859 - 1929
Mariana Corrêa RABELO
1860 - 1944
João Antônio Corrêa RABELLO
1861 - 1879

Immediate Family  (F344)
Agostinha de "Neném" SÁ
-
Maria Thereza RABELLO
1888 -
Faraildes RABELLO
1899 -


Notas
Não há nenhuma Nota para essa pessoa.

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Fontes

Fonte

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Vultos e Fatos de Diamantina

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  Texto: Não teve Sebastião Rabelo a oportunidade de se forma em curso superior. Contudo, conseguiu uma das mais sólidas culturas de base clássica possíveis na época.
Aprendeu as primeiras letras no Serro, em casa de seus avós.
Distinguindo-se por viva inteligência e devotamento ao estudo, mandaram-no mais tarde para Diamantina, aos cuidados do Prof. Inocêncio Campos, cuja fama de latinista vencia as fronteiras da velha "Atenas do Norte". Jovem ainda, entregaram-lhe a cadeira de língua pátria da cidade, demonstrando de pronto tirocínio e sólido cabedal de conhecimentos da matéria. Vagando-se a cadeira de português na Escola Normal, foi a Ouro Preto disputá-la em concurso, conquistando o primeiro lugar. Cabe-lhe a glória de ter sido naquela época o mestre que ensinou a língua com gramática própria, pois só se aprendia nas gramáticas latinas. Suprimida a escola, ficou em disponibilidade apenas o lugar, continuando sempre a lecionar, o que fazia com prazer, talhado que fora para tão alto mister.
No Governo João Pinheiro foi convidado para o cargo de Reitor do Ginásio Mineiro, tendo prestado relevantes serviços à instrução.
Aposentando-se, abriu cursos particulares de línguas, ensinando até poucas horas antes de morrer. Mestre na verdadeira acepção do termo, viveu para os livros e para a mocidade. Nunca se limitou às aulas exigidas pelos regulamentos e diariamente convocava os alunos para preleções extraordinárias. Filólogo profundo, eram de sua cabeceira os clássicos latinos e portugueses. Modesto e simples no vestir, consideravam-no filósofo, por não ligar às etiquetas do traje e ser excessivamente distraído, correndo o mundo suas gafes inocentes e interessantes.
Advogava no forum local, fazendo da tribuna de defesa, única que ocupava, uma cadeira professoral em que a linguagem castiça e pura se emparelhava aos sólidos argumentos que contrapunha à acusação.
Seu predileto esporte era a caça de perdizes e codornas, cuidando com muito carinho também de seu vinhedo, chegando a ser um dos grandes vinicultores do município. Sociável e alegre, era sempre cercado de amigos, em cuja roda sua voz metálica e aguda era ouvida com prazer, porque era a palavra do mestre, que deixou uma grande lacuna ao nos deixar para sempre.

Fonte

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Estudo Genealógico e Biográfico das Famílias Corrêa, Rabello, e Corrêa Rabello

Publicação: Edição do Autor - 1980
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  Texto: Foi um latinista da velha escola, lecionando sempre, até as vésperas de morrer, com amor, entusiasmo e um desprendimento de vantagens materiais verdadeiramente edificante. Não mercantilizava suas aulas doutas. Ao contrário, preparou muitas gerações de estudantes, mediante pouca significante remuneração. Já acometido do mal que o levaria à sepultura, dentro de poucos dias, ainda quis marcar o início de uma aula para um jovem que desejava contratá-lo.
Com entusiasmo repetia trechos de autores clássicos latinos, comentando-os com calor e erudição.
Tal como outrora o seu pai, foi professor por vocação, fazendo do magistério um sacerdócio, deleitando-se em transmitir cultura sem visar vantagens materiais. aliás quase inexistentes.
Se no século passado o ensino era muito incompleto do ponto de vista de ciências, matérias estas que faltavam quase sempre no currículo secundário, o clássico, contudo, era desenvolvido, sendo o Latim ensinado cuidadosamente. Nos tempos do Império, toda localidade importante tinha as aulas públicas de "Latinidade e Poética", como se dizia então. Além disso, completava-se a cultura com Retórica e Filosofia. Sebastião Rabelo era dessa escola.
Fazendo-se professor de línguas, lecionou em grande número de estabelecimentos, iniciando, talvez, no antigo "Externato" de Diamantina que veio depois do "Ateneu São Vicente de Paula".
Segundo Aurélio Pires ‎(in Homens e fatos de meu tempo)‎, Sebastião Rabello inaugurou, em Diamantina, naquele ano de 1879, o ensino da Língua Portuguesa.
Daí até a morte, toda a sua carreira foi de ensino: lecionou em muitos estabelecimentos e também particularmente em Diamantina e Belo Horizonte, para onde se transferiu com a família lá pelo ano de 1909.
Extinta a Escola Normal, já nos primeiros anos da República, Sebastião Rabelo foi nomeado Inspetor Técnico do Ensino, cargo em que se aposentou.
O curioso é que dedicando toda a sua vida ao magistério, Sebastião Rabelo sentia necessidade de ter um empreendimento de ordem industrial, muito embora não tivesse espírito comercial para auferir os lucros possíveis. Fez-se fabricante de vinho. Possuía em Diamantina uma chácara de que se servia de residência na cidade e outra nos arredores. Tinha grande parreiral donde colhia magníficas uvas pretas que não só vendia, como ainda utilizava, em grande parte, para fabricar o seu conhecido vinho. ESsta industria era mais uma distração do conhecido professsor, pois não parece ter dado vantagem pecuniária, tendo em vista a ausência de espírito comercial do seu proprietário.
Apesar de se ter mudado para Belo Horizonte, Sebastião Rabelo ia à Diamantina todos os anos, na época da colheita, para preparar o seu vinho. A casa da chácara estava alugada, porém com exclusão do pomar e da adega, onde continuava a sua fabricação.
Além das uvas, o pomar produzia magníficas laranjas com que se deliciava toda a família e os parentes próximos.

Fonte

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Minha Vida de Menina

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  Texto: Segunda-feira, 23 de outubro ‎[de 1893]‎ Fiquei admirada de Seu Sebastião hoje não ler alto o que escrevi ontem e sei que as colegas iam rir tanto como no dia que ele perguntou o sexo de boneca e eu gritei: "Bonecra fêmea, bonecro macho." Palavra que eu custei a saber por que elas riam tanto. Ontem escrevi na minha redação: "Hoje foi um dias em água para mim." Hoje ele devolveu a carta com um grande letreiro em tinta vermelha: "aziago." Se ele estivesse com vontade de brincar não deixaria escapar. Talvez tenha tido pena ou já tenha percebido que eu não tenho dicionário e que só escrevo o que ouço dos outros ou coisas de minha cabeça.
Terça-feira, 5 de dezembro ‎[de 1893]‎ Se há uma coisa de que eu tenho inveja é da chácara de uvas de nosso Professor Sebastião. Eu nunca entrei lá, só a conheço de longe. Quando é tempo de uvas eu morro de inveja da fartura que eles têm. no Jogo da Bola passa o dia inteiro uma procissão de mulheres com cestos de uvas na cabeça para a casa de Seu Sebastião, para fazer vinho. Algumas nos dão um cacho; outras são umas pestes, não dão nada. Mas como são muitas, a gente esperando ganha alguns cachos até o fim do dia‎(...)‎ As filhas de Seu Sebastião é que são bem felizes, porque além da chácara de uvas para fazer vinho elas têm, na casa do Jogo da Bola, um laranjal enorme de laranjas embigudas e de todas as qualidades e outras frutas. Achei graça foi na conversa de Glorinha. Ela dizia: "Não seria bom que Seu Sebastião bebesse do vinho dele bastante no dia do exame e na hora nos deixasse passar?" Eu respondi que isso nunca me tinha passado pela cabeça. O que eu pensava é que ele, sendo amigo da família dela como é, não a reprovasse. Mas já vi que com ele é tolice. Até a gente o adular não adianta nada; ele é mau de verdade. Nós teremos de estudar, do contrário não teremos outro jeito a dar.
Quinta-feira, 19 de abril ‎[de1894]‎ ‎(...)‎ Ele é muito alegre e ria toda hora que acha uma coisa engraçada. Vê-se que ele é muito feliz. Também não podia deixar de viver alegre se leva uma vida tão boa. Trabalha a semana inteira e, quando tem um feriado ou domingo, ele pendura a espingarda no ombro, monta no seu cavalo e sai com seus cachorros para o campo, atrás das codornas. Hoje eu passei a tarde vendo-o fazer uma coisa que eu não sabia, apesar de viver muito no campo e conhecer berne tanto como carrapato ‎(...)‎ Hoje vi Seu Sebastião tirar uma porção de bernes do cachorro dele num instante, de modo muito fácil. Espremia o berne e ele saltava longe, deixando o cachorro com um buraco no corpo e aliviado das ferroadas.
Sábado, 5 de maio ‎[de 1894]‎ ‎(...)‎ Copiei uma carta que achei uma beleza, dobrei bem dobradinha e meti no seio. Vim para a casa numa grande satisfação. Só pensava na hora em que Seu Sebastião lesse a carta na aula, como ele costumava fazer quando acha uma coisa bem escrita, e me elogiasse: "Como você está escrevendo bonito! Parabéns!" Entreguei a carta ontem. Hoje, quando cheguei à aula, ele estava com a ruma de redações em cima da mesa e foi chamando cada aluno pelo nome, para entregar a sua, como é costume. Quando chegou a minha vez: "Helena Morley!" olhou para o meu lado e parou um instante. Fiquei com o coração aos pulos, esperando o elogio. Ele gritou alto: "Onde é que você descobriu o manual?" Os alunos caíram na gargalhada. Que maldade de Seu Sebastião!"

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Mídia
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Família com Pais
Pai
Francisco Joaquim CORRÊA ‎(I204)‎
Nascimento 1818 61 Desconhecido, Desconhecido, Portugal
Falecimento 10 Maio 1874 ‎(Idade 56)‎ Ouro Preto, MG, Brasil
13 anos
Mãe
 
Tereza Corrêa Ferreira RABELO ‎(I205)‎
Nascimento 1831 18
Falecimento 10 Novembro 1898 ‎(Idade 67)‎ Diamantina, MG, Brasil

Casamento: 1842
1 ano
#1
Irmão
Luis Pedro Corrêa Ferreira RABELLO ‎(I1114)‎
Nascimento 1843 25 12
Falecimento 1854 ‎(Idade 11)‎
17 meses
#2
Irmão
Francisco Corrêa Ferreira "Pexico" RABELLO ‎(I1115)‎
Nascimento 15 Junho 1844 26 13 Curralinho, MG, Brasil
Falecimento 21 Julho 1892 ‎(Idade 48)‎ Sabará, MG, Brasil
19 meses
#3
Irmão
Joaquim Corrêa RABELLO ‎(I1116)‎
Nascimento 1846 28 15
Falecimento 1856 ‎(Idade 10)‎
#4
Irmã
Terezinha Corrêa "Tia Zizinha" RABELLO ‎(I1117)‎
Nascimento Sim
Falecimento 6 Novembro 1932 Diamantina, MG, Brasil
#5
Irmão
Bernardo Corrêa RABELLO ‎(I1118)‎
Nascimento 1849 31 18
Falecimento 1864 ‎(Idade 15)‎
2 anos
#6
Irmão
José Corrêa "Juquinha" RABELLO ‎(I1119)‎
Nascimento 1851 33 20
Falecimento 1869 ‎(Idade 18)‎
2 anos
#7
Irmão
Pedro Corrêa RABELLO ‎(I1120)‎
Nascimento 1853 35 22
Falecimento 1886 ‎(Idade 33)‎
3 anos
#8
Sebastião Corrêa RABELLO ‎(I1121)‎
Nascimento 6 Agosto 1855 37 24 Curralinho, MG, Brasil
Falecimento 10 Março 1933 ‎(Idade 77)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil
3 anos
#9
Irmã
Maria Nazareth Correa RABELLO ‎(I193)‎
Nascimento 1859 41 28
Falecimento 1929 ‎(Idade 70)‎
20 meses
#10
Irmã
Mariana Corrêa RABELO ‎(I1093)‎
Nascimento 20 Agosto 1860 42 29 Curralinho, MG, Brasil
Falecimento 10 Setembro 1944 ‎(Idade 84)‎ Diamantina, MG, Brasil
4 meses
#11
Irmão
João Antônio Corrêa RABELLO ‎(I1122)‎
Nascimento 1861 43 30
Falecimento 1879 ‎(Idade 18)‎
Família com Agostinha de "Neném" SÁ
Sebastião Corrêa RABELLO ‎(I1121)‎
Nascimento 6 Agosto 1855 37 24 Curralinho, MG, Brasil
Falecimento 10 Março 1933 ‎(Idade 77)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil
Esposa
Agostinha de "Neném" SÁ ‎(I1124)‎
Nascimento Sim
Falecimento Sim
#1
Filha
Maria Thereza RABELLO ‎(I1136)‎
Nascimento 28 Março 1888 32 Diamantina, MG, Brasil
Falecimento Sim
11 anos
#2
Filha
Faraildes RABELLO ‎(I1138)‎
Nascimento 1 Maio 1899 43 Diamantina, MG, Brasil