Pedro CorrÃªa RABELLO - I1120 - Informação Pessoal

Pedro CorrÃªa RABELLO ‎(I1120)‎

Nomes: Pedro CorrÃªa
Sobrenome: RABELLO

Sexo: Masculino

Nascimento: 1853

22
Falecimento: 1886 ‎(Idade 33)‎

Dados Pessoais e Detalhes

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	Eventos de parentes próximos
Nascimento	1853 35 22
Falecimento	1886 ‎(Idade 33)‎
Atualizado em	22 Março 2003 - 00:00:00

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Parents Family (F108)
Pai	Francisco Joaquim CORRÃŠA 1818 - 1874
Mãe	Tereza CorrÃªa Ferreira RABELO 1831 - 1898
Irmão	Luis Pedro CorrÃªa Ferreira RABELLO 1843 - 1854
Irmão	Francisco CorrÃªa Ferreira "Pexico" RABELLO 1844 - 1892
Irmão	Joaquim CorrÃªa RABELLO 1846 - 1856
Irmã	Terezinha CorrÃªa "Tia Zizinha" RABELLO - 1932
Irmão	Bernardo CorrÃªa RABELLO 1849 - 1864
Irmão	JosÃ© CorrÃªa "Juquinha" RABELLO 1851 - 1869
	Pedro CorrÃªa RABELLO 1853 - 1886
Irmão	SebastiÃ£o CorrÃªa RABELLO 1855 - 1933
Irmã	Maria Nazareth Correa RABELLO 1859 - 1929
Irmã	Mariana CorrÃªa RABELO 1860 - 1944
Irmão	JoÃ£o AntÃ´nio CorrÃªa RABELLO 1861 - 1879

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Estudo GenealÃ³gico e BiogrÃ¡fico das FamÃlias CorrÃªa, Rabello, e CorrÃªa Rabello
Publicação: EdiÃ§Ã£o do Autor - 1980
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Texto: Fez parte do curso no SeminÃ¡rio do CaraÃ§a atÃ© a ordem de diaconato. Ordenou-se padre em Diamantina, no dia 10 de junho de 1876, pelo Bispo D. JoÃ£o AntÃ´nio dos Santos.
Neste mesmo dia, ordenaram-se outros que se tornaram conhecidos sacerdotes. Padres Manoel Ferreira Madureira e TeÃ³filo Vilela de Andrade. Receberam ainda, na mesma ocasiÃ£o, ordens de subdiaconÃ¡tio os futuros Monsenhores Sousa Neves e Felisberto Edmundo da Silva, tendo sido o primeiro vigÃ¡rio de Diamantina por muitos anos e o segundo afamado orador.
O Pe. Pedro CorrÃªa Rabelo foi uma dessas figuras impressionantes pelas suas severas virtudes, grande saber e notÃ¡vel dedicaÃ§Ã£o em aliviar os sofrimentos alheios. Consigo mesmo era severo atÃ© o sacrifÃcio: usava a disciplina e o cilÃcio. Ã‰ certo que nunca deixaria que outros soubessem das suas prÃ¡ticas de penitÃªncia, ficando estas ignoradas se nÃ£o as descobrisse, por acaso, a sua irmÃ£ Terezinha que, edificada, o vislumbrou pela greta da porta do seu quarto.
Pe. Pedro era muitÃssimo caridoso. Procurava os enfermos para, com seus esforÃ§os, aliviar-lhes os sofrimentos.
Possuia uma bela voz, agradÃ¡vel e forte, cantando como solista no SeminÃ¡rio. Desta dÃ¡ testemunho o Sr. Balbino Vaz Siqueira, que o conheceu e se lembra dele celebrando missa na bela igreja da pedra do SeminÃ¡rio de Diamantina. Hoje BasÃlica do Sagrado CoraÃ§Ã£o de Jesus.
Como professor, Pe. Pedro foi excelente. Teve alunos que se notabilizaram posteriormente, como os falecidos CÃ´nego Severiano de Campos Rocha e o Ministro Edmundo Lins. O primeiro, grande vernaculista, escritor e historiador, classificava Pe. Pedro de mestre "esplÃªndido", o segundo, afirmava vangloriar-se de tÃª-lo tido como professor.
O Pe. Pedro pertencia Ã quela geraÃ§Ã£o de mestres de outrora que criavam renome e causavam admiraÃ§Ã£o, como provocara nos lentes da Escola de Minas de Ouro Preto que visitaram o SeminÃ¡rio, e assistiram algumas aulas exprimindo suas surpresas por encontrar, no interior de Minas, "professores tÃ£o provectos que honrariam as cÃ¡tedras das mais adiantadas universidades europÃ©ias." Esta foi a impressÃ£o de mestres como Ferrand, De Beauvais, ThirÃ© e Costa Sena.
O Pe. Alexandrino Cordeiro da Luz escreveu em "A Estrela Polar" um artigo, recordando um fato antigo que comprova o valor de dois mestres diamantinenses -- o Pe. Pedro CorrÃªa Rabelo e o conhecido professor, jurisconduto e polÃtico Dr. Teodomiro Alves Pereira.
Apresentando-se este como candidato Ãºnico ao concurso para a cadeira de Geografia da antiga Escola Normal, teve como examinador o "ilustre Pe. Pedro, professor do SeminÃ¡rio". ApÃ³s brilhante prova escrita do Dr. Teodomiro, o padre declarou que nessa prova o candidato revelara suficiente conhecimento para aprovaÃ§Ã£o. Contudo, para atender ao regulamento, faria apenas uma pergunta, na prova oral. Esta foi: -- Doutor, qual Ã© a ponta mais setentrional do Brasil? Acontece que Dr. Teodomiro, por um lapso de memÃ³ria, se esquecera do nome do acidente, mas, sem perder a presenÃ§a de espÃrito, discorreu longamente sobre os acidentes fÃsicos do norte do Brasil, sem citar o que lhe fora perguntado.
Ponderando o padre que a sua pergunta nÃ£o fora respondida, percebeu entretanto o lapso de que era vÃtima o candidato. DisfarÃ§ando o assunto, delicadamente, acabou dando-se por satisfeito, aprovando o Dr. Teodomiro com distinÃ§Ã£o, "com inteira justiÃ§a" -- afirmam quem o relatou.
Segundo parece, o Pe. Pedro nÃ£o se entusiasmava muito com a idÃ©ia de casamento para as irmÃ£s. Supondo que Mariana, sua irmÃ£ mais moÃ§a, teria vocaÃ§Ã£o para freira, opÃ´s-se muito ao seu projetado casamento com OlÃmpio MourÃ£o, entÃ£o jovem de 19 anos.
Consultado por sua mÃ£e, D. Tereza, qual a sua opiniÃ£o sobre este casamento, ele nada respondeu, retirando-se com um gesto de desdÃ©m, para nÃ£o se manifestar francamente contra. Efetuado, entretanto, o casamento, Pe. Pedro tornou-se amigo do cunhado, tendo sido escolhido para padrinho do filho mais velho do casal.
A doenÃ§a que levou Pe. Pedro Ã sepultura foi ocasionada indiretamente por uma das suas prÃ¡ticas de caridade. Residia prÃ³ximo Ã chÃ¡cara da sua mÃ£e, no largo do Curral, um casal em constantes desavenÃ§as. Certa noite fria, depois que estava acomodado, comeÃ§ou a ouvir forte discussÃ£o entre os dois esposos. O padre julgou que deveria intervir e saiu de casa, sem estar bem agasalhado para a noite fria, resultando apanhar uma pneumonia. Sentindo-se, no dia seguinte ou dias depois, bastante mal, entendeu lhe faria bem um forte suadouro. Tomou uma bebida quente, para provocar transpiraÃ§Ã£o e disse Ã sua irmÃ£ que iria fazer um exercÃcio na horta, serrando Ã¡rvores, para suar abundantemente. Efetivamente, serrou tanto que, alÃ©m de transpirar muito, ficou corado e prostado de fadiga. Certamente sobreveio uma febre alta que denotava a recrudescÃªncia do mal. Caindo em cama, nÃ£o resistiu muito tempo, vindo a falecer.

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