Francisco CorrÃªa Ferreira "Pexico" RABELLO - I1115 - Informação Pessoal

Francisco CorrÃªa Ferreira "Pexico" RABELLO ‎(I1115)‎

Nomes: Francisco CorrÃªa Ferreira
Sobrenome: RABELLO
Apelido: Pexico

Sexo: Masculino

Nascimento: 15 Junho 1844

13 Curralinho, MG, Brasil
Falecimento: 21 Julho 1892 ‎(Idade 48)‎ SabarÃ¡, MG, Brasil

Dados Pessoais e Detalhes

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	Eventos de parentes próximos
Nascimento	15 Junho 1844 26 13 Curralinho, MG, Brasil
Casamento	Gabriela Antonina da Mata "InhÃ¡" MACHADO - 6 Maio 1870 ‎(Idade 25)‎
Falecimento	21 Julho 1892 ‎(Idade 48)‎ SabarÃ¡, MG, Brasil
Atualizado em	22 Março 2003 - 00:00:00

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Parents Family (F108)
Pai	Francisco Joaquim CORRÃŠA 1818 - 1874
Mãe	Tereza CorrÃªa Ferreira RABELO 1831 - 1898
Irmão	Luis Pedro CorrÃªa Ferreira RABELLO 1843 - 1854
	Francisco CorrÃªa Ferreira "Pexico" RABELLO 1844 - 1892
Irmão	Joaquim CorrÃªa RABELLO 1846 - 1856
Irmã	Terezinha CorrÃªa "Tia Zizinha" RABELLO - 1932
Irmão	Bernardo CorrÃªa RABELLO 1849 - 1864
Irmão	JosÃ© CorrÃªa "Juquinha" RABELLO 1851 - 1869
Irmão	Pedro CorrÃªa RABELLO 1853 - 1886
Irmão	SebastiÃ£o CorrÃªa RABELLO 1855 - 1933
Irmã	Maria Nazareth Correa RABELLO 1859 - 1929
Irmã	Mariana CorrÃªa RABELO 1860 - 1944
Irmão	JoÃ£o AntÃ´nio CorrÃªa RABELLO 1861 - 1879

Immediate Family (F343)
Esposa	Gabriela Antonina da Mata "InhÃ¡" MACHADO 1851 - 1925
Filha	NÃcia RABELLO -
Filha	ClÃ©lia CorrÃªa RABELLO -
Filho	Gabriel Ferreira RABELLO 1873 -
Filho	Aristides Ferreira RABELLO 1886 -

Notas

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Fontes

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Tereza Joaquina. Francisco desde crianÃ§a demonstrou intrepidez de carÃ¡ter, espÃrito de iniciativa e capacidade de realizaÃ§Ã£o. Certa vez aconteceu faltar, em Curralinho, um artigo de grande necessidade que havia em Diamantina. Francisco, que tinha apenas oito anos de idade, pÃ´s-se pronto a ir buscÃ¡-lo sozinho na cidade e o fez realmente, cobrindo o percurso de 16 km, entre as duas cidades e voltando no mesmo dia. Depois de ter estudado as primeiras letras em Curralinho, nÃ£o se sabe com que dificuldade conseguiu se preparar para o curso jurÃdico e se transportar para SÃ£o Paulo, em cuja Faculdade de Direito se matriculou. Fez o curso com brilhantismo, recebendo o diploma de bacharel no ano de 1867. Quando estudante, foi em SÃ£o Paulo um propagandista da ProvÃncia de Minas. AÃ deixou reputaÃ§Ã£o de estudioso, trabalhador e honesto. A estas qualidades acrescentava a de possuir brilhante inteligÃªncia e coraÃ§Ã£o bonÃssimo. Formado, foi para o Serro, assumindo entÃ£o os encargos da famÃlia. Mais tarde transportou-se para Diamantina, onde ingressou no ministÃ©rio pÃºblico, tendo sido nomeado promotor de justiÃ§a. Ingressando-se na polÃtica, filiou-se ao partido Liberal ‎(o mesmo de seu tio BarÃ£o do Serro, contrÃ¡rio ao Partido Conservador de JoÃ£o Raymundo MourÃ£o)‎ que levou o seu nome Ã s urnas, elegendo-o deputado, no ano de 1868. HÃ¡ um fato de sua carreira de magistrado que mostra claramente a independÃªncia e o carÃ¡ter intrÃ©pido do jovem advogado. Governava a ProvÃncia de Minas Gerais o Presidente Andrade Figueira, que, por motivos do seu entendimento, pretendeu imiscuir-se no judiciÃ¡rio, orientado a magistratura. Dr. CorrÃªa Rabelo, sendo juÃz municipal de Diamantina, achou exorbitante a pretensÃ£o do presidente e respondeu, altivamente, que somente agiria de acordo com a lei, repelindo qualquer insinuaÃ§Ã£o. Na Ã©poca, tal atitude constituia fato grave, tÃ£o grave era o poder e o prestÃgio dos presidentes das provÃncias. A sua atitude independente valeu-lhe suspensÃ£o adminstrativa e ordem para que fosse processado. Contudo, a relaÃ§Ã£o do distrito, demonstrando tambÃ©m independÃªncia, achou descabida a medida proposta e despronunciou-o, fazendo-lhe ainda honroso elogio pela repulsa demonstrada em permitir invasÃ£o de atribuiÃ§Ãµes. A aboliÃ§Ã£o da escravidÃ£o foi uma de suas paixÃµes polÃticas e programa que procurou realizar com destemor. Sua filha EdÃ©sia narra em seu livro "LÃ¡ em Casa era assim..." que mesmo contrariando a vontade inicial da esposa, Dr. CorrÃªa levou toda a famÃlia a um baile de gala, oferecido pela sociedade diamantinense, em regozijo pela promulgaÃ§Ã£o da Lei Ãurea: o doutor queria que as meninas se lembrassem sempre da Lei. Em 1868, houve em Diamantina uma reuniÃ£o polÃtica que Dr. CorrÃªa Rabelo aproveitou para pronunciar notÃ¡vel discurso pela aboliÃ§Ã£o da escravidÃ£o. O discuros teve tal repercussÃ£o que foi reproduzido em um jornal no Rio de Janeiro. Deixando a magistratura, Dr. CorrÃªa Rabelo resolveu abrir banca de advogado e o fez, montando escritÃ³rio em Diamantina. Fixando definitivamente residÃªncia em Diamantina, resolveu ingressar no magistÃ©rio da cidade, conquistando, por concurso, a cadeira de Filosofia e RetÃ³rica do Externato Diamantinense, no ano de 1878, sendo tambÃ©m nomeado professor de aritmetica da Escola Normal. Candidatando-se a cargo eletivo, teve o seu nome sufragado nas urnas para deputado geral pela ProvÃncia de Minas, em 1878. Na CÃ¢mara, dedicou-se ao seu ideal de trabalho pela aboliÃ§Ã£o da escravidÃ£o, sendo um dos que votaram a cÃ©lebre indicaÃ§Ã£o de Nabuco. Dissolvida a CÃ¢mara, como tantas vezes aconteceu no tempo do ImpÃ©rio, Dr. CorrÃªa Rabelo voltou a lecionar e a exercer advocacia. Continuou ainda na sua propaganda pela extinÃ§Ã£o da escravidÃ£o, pela imprensa, pela tribuna e atravÃ©s da sua profissÃ£o de advogado. Foi um dos que descreram das vantagens de continuar o Brasil em regime monÃ¡rquico. Algumas inabilidades do Imperador abalaram-lhe o trono, e o Dr. CorrÃªa Rabelo, com seu espÃrito liberal, foi um dos que se formaram ao lado da causa republicana. Proclamada a repÃºblica, elegeu-se deputado Ã AssemblÃ©ia Constituinte. Quando o Marecheal Deodoro deu o impatriÃ³tico golpe de estado, o Dr. CorrÃªa Rabelo a cujo carÃ¡ter a medida pareceu odiosa, teve tal indignaÃ§Ã£o que adoeceu. Muito caridoso, teve oportunidade de trabalhar, socorrendo os necessitados, na cÃ©lebre carestia de 1890-1891. Os caracterÃsticos do espÃrito escol eram a justiÃ§a, a honestidade e a bondade de coraÃ§Ã£o. Minada sua saÃºde pelos desgostos polÃticos, teve que deixar o Rio de Janeiro, onde tomava parte nas reuniÃµes do Congresso Nacional para voltar a Minas, a conselho mÃ©dico. Precisava novamente do clima das montanhas para combater a insidiosa molÃ©stia que lhe tirava as forÃ§as e atividade. No caminho para Diamantina, ficou detido em SabarÃ¡, sem forÃ§ar para prosseguir viagem. A sua senhora foi encontrÃ¡-lo ali. NÃ£o resistindo Ã agravaÃ§Ã£o do mal, veio a falecer naquela cidade.
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Por isso resolveu preparÃ¡-lo para a vida pÃºblica, financiando seu curso de Direito. Francisco fez o curso com brilhantismo e recebeu o diploma em 1867. Formado, voltou ao Serro, passando primeiro por Diamantina, onde conheceu e apaixonou-se por D. Gabriela da Matta Machado. Como tinha dado sua palavra ao BarÃ£o, chegou ao Serro, desconsolado com seu destino, quando foi informado pelo prÃ³prio BarÃ£o de que a filha estava apaixonada por outro, e o liberava do compromisso. O Dr. JoÃ£o da Matta Machado conta um episÃ³dio em seu livro MemÃ³rias da seguinte maneira: O Tio Pexico, marido de tia InhÃ¡, era polÃtico e foi deputado geral com apoio do cunhado, o conselheiro JoÃ£o da Matta Machado, que na Ã©poca era deputado tambÃ©m. Mas, tornando-se difÃcil a luta eleitoral em Diamantina, devido Ã forÃ§a dos conservadores e escravocratas, o deputado Matta Machado nÃ£o pode mais apoiÃ¡-lo, pois perigava a sua prÃ³pria eleiÃ§Ã£o, por ser liberal e abolicionista. Houve o rompimento polÃtico entre os dois cunhados, nunca chegando Ã inimizade pessoal. Desta data em diante, os Matta Machado e os Caldeira Brant formavam de lado do partido e os CorrÃªa Rabello do outro. Foi assim que, em 1906, a facÃ§Ã£o de meu pai ‎(Pedro da Mata Machado)‎ disputou o Governo Municipal que havia 12 anos estava sob o domÃnio do Coronel Senador Olympio JÃºlio de Oliveira MourÃ£o. Como deputado geral, Dr. Francisco Correa Rabelo fez parte de um grupo de jovens que , ao lado de Joaquim Nabuco, trabalhavam entusiasticamente pela aboliÃ§Ã£o do cativeiro no Brasil. Francisco CorrÃªia Rabelo foi diretor de O Tambor, orgÃ£o republicano da fase final da propaganda, pois o primeiro nÃºmero apareceu a 14 de julho de 1889. O proprietÃ¡rio da folha era JosÃ© Joaquim Neto Amarante, e como diretor Correia Rabelo era candidato republicano a deputado geral, em oposiÃ§Ã£o ao liberal JoÃ£o da Mata Machado, nas Ãºltimas eleiÃ§Ãµes do regime monÃ¡rquico. A notÃcia do advento da RepÃºblica chegou a Diamantina no prÃ³prio 15 de novembro, em telegrama recebido Ã s 19:30 horas, conforme informaÃ§Ã£o do O Tambor, do dia 27 do mesmo mes. A ligeira reaÃ§Ã£o do capm. Aureliano Caldeira Brant, Comandante do corpo policial e suplente do Delegado de PolÃcia, do SecretÃ¡rio dos terrenos diamantinos, Justiniano Luis de Miranda e do Sr. JoÃ£o Caldeira Sobrinho, nada influiu no vibrante entusiasmo geral, tanto que Ã noite houve "passeata pelas principais ruas da cidade com mÃºsica, grande quantidade de fotos e girÃ¢ndolas, tando nela tomado parte muitas pessoas gradas dos antigos partidos monÃ¡rquicos, e extraordinÃ¡rio acompanhamento de povo." No tempo do ImpÃ©rio, nÃ£o havia propriamente mercado municipal em Diamantina. Os tropeiros levavam as mercadorias para ranchos ou alpendres pÃºblicos, chamados IntendÃªncias. Nos Ãºltimos tempos, do antigo regime, havia trÃªs intendÃªncias em Diamantina. Havia descontentes contra o monopÃ³lio exercido por essas IntendÃªncias, segundo se depreende do que vem estampado no periÃ³dico local O Tambor, no. 5, de 15 de dezembro de 1889. Citemos textualmente: "No dia 5 do corrente, por iniciativa do cidadÃ£o JosÃ© SebastiÃ£o R. Bago que, em ofÃcio dirigido ao presidente da CÃ¢mara, solicitara uma sessÃ£o extraordinÃ¡ria, reuniu-se o povo, tendo Ã sua frente, como orador oficial, o Dr. Correia Rabelo, como delegado da higiene pÃºblica o Dr. Alexandre Maia e como auxiliares da idÃ©ia o mais seleto pessoal da cidade. Chegando a multidÃ£o ao edifÃcio municipal, onde jÃ¡ estava reunida a cÃ¢mara sob a presidÃªncia do cidadÃ£o JoÃ£o Raimundo MourÃ£o, este deu a palavra a quem dela quisesse usar. Nesse momento, debaixo de profundo silÃªncio, o Doutor Correia Rabelo expÃ´s em longo discurso o fim da reuniÃ£o popular naquele dia, terminando pela leitura da representaÃ§Ã£o elaborada e assinada pelo cidadÃ£o J. Bago, nestes termos: "CidadÃ£os vereadores! O povo diamantinense, impulsionado pela idÃ©ia de emancipar-se do monopÃ³lio, deliberou comparecer hoje perante esta ilustre corporaÃ§Ã£o municipal, e solicitar a execuÃ§Ã£o imediata das seguintes medidas: 1a. O levantamento de um barracÃ£o no largo da Cavalhada Nova, ou em qualquer ponto que a CÃ¢mara deliberar. 2a. ProibiÃ§Ã£o terminante a qualquer tropeiro de descarregar suas tropas nos alpendres pÃºblicos, aplicando-se penas rigorosas aos infratores. 3a. Nenhuma pessoa poderÃ¡ receber gÃªneros de primeira necessidade em mÃ£o de tropeiros, para tÃª-los encostados ou vendÃª-los por conta dos mesmos tropeiros, sob pena de multa de 500$000. 4a. Garantia dos tropeiros no exercÃcio de sua profissÃ£o. Desta demanda originou-se a compra da casa onde Ã© hoje o mercado da cidade para uso pelos tropeiros.