Leopoldo Luiz de MIRANDA  ‎(I1090)‎
Nomes: Leopoldo Luiz de
Sobrenome: MIRANDA

Sexo: MasculinoMasculino
      

Nascimento: 31 Outubro 1868 Senador Mourão ‎(Fazenda do Tijucussu)‎, MG, Brasil
Falecimento: 10 Novembro 1947 ‎(Idade 79)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil
Dados Pessoais e Detalhes

ERROR 8: A non well formed numeric value encountered
0 Error occurred on line 151 of file functions_print_facts.php in function print_fact
1 called from line 1434 of file individual_ctrl.php in function print_facts_tab
2 called from line 1323 of file individual_ctrl.php in function getTab
3 called from line 434 of file individual.php

Notice: A non well formed numeric value encountered in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 151

ERROR 8: A non well formed numeric value encountered
0 Error occurred on line 151 of file functions_print_facts.php in function print_fact
1 called from line 1431 of file individual_ctrl.php in function print_facts_tab
2 called from line 1323 of file individual_ctrl.php in function getTab
3 called from line 434 of file individual.php

Notice: A non well formed numeric value encountered in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 151

ERROR 8: A non well formed numeric value encountered
0 Error occurred on line 151 of file functions_print_facts.php in function print_fact
1 called from line 1434 of file individual_ctrl.php in function print_facts_tab
2 called from line 1323 of file individual_ctrl.php in function getTab
3 called from line 434 of file individual.php

Notice: A non well formed numeric value encountered in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 151

ERROR 8: A non well formed numeric value encountered
0 Error occurred on line 151 of file functions_print_facts.php in function print_fact
1 called from line 1434 of file individual_ctrl.php in function print_facts_tab
2 called from line 1323 of file individual_ctrl.php in function getTab
3 called from line 434 of file individual.php

Notice: A non well formed numeric value encountered in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 151

ERROR 8: A non well formed numeric value encountered
0 Error occurred on line 151 of file functions_print_facts.php in function print_fact
1 called from line 1434 of file individual_ctrl.php in function print_facts_tab
2 called from line 1323 of file individual_ctrl.php in function getTab
3 called from line 434 of file individual.php

Notice: A non well formed numeric value encountered in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 151
Nascimento 31 Outubro 1868 Senador Mourão ‎(Fazenda do Tijucussu)‎, MG, Brasil

Casamento Maria Mercedes MOURÃO - 3 Fevereiro 1900 ‎(Idade 31)‎ Diamantina, MG, Brasil

Falecimento 10 Novembro 1947 ‎(Idade 79)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil

Sepultamento 11 Novembro 1947 ‎(1 dia after death)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil

Atualizado em 23 Março 2003 - 00:00:00
View Details for ...

Parents Family  (F334)
Leopoldo Luiz de MIRANDA
1868 - 1947
Eufrozinha Rufina Perpétua Mayer de MIRANDA
- 1974

Immediate Family  (F333)
Maria Mercedes MOURÃO
1879 - 1959


Notas

Nota
Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 56
Em 3 de fevereiro de 1947, os filhos, genros, noras e netos de Leopoldo e Mercedes organizaram uma hora lítero-musical, que teve o seguinte programa de atividades:
I Parte Abertura da Sessão - Aires da Mata Machado Filho Piano - Arnaldo Marchesotti Declamação - Vanita Piano - Arnaldo Marchesotti Contos - Paulo Mourão
II Parte Canto - Mariinha, acompanhada por José Piano - Arnaldo Marchesotti Anedotas - Horácio Versos - Mariana Piano - Arnaldo Marchesotti Encerramento - Consuelo
Na abertura da seção, Mestre Aries leu a história que transcrevemos a seguir:
Era uma vez...
Um mancebo muito bem apessoado que, não se sabe bem por que razão, se fizera amigo de uma das mais importantes figuras da localidade. Passeavam juntos, trabalhavam de comum acordo na política, eram parceiros ao solo e ao voltarete.
O moço frequentava muito a casa do amigo, para o joguinho e para comentar as novidades. Uma certa hora, as moças serviam o café. Mas isso, é claro, nada tinha que ver com o Saldanha da Gama, nem com o golpe de Estado do Marechal Floriano...
Uma tarde, passeavam os dois amigos, como de costume e acertaram de parar na velha ponte dos Suspiros. Era a hora confidencial, em que o sol descamba, e já se pode saber o ponto onde a lua vai surgir. E travou-se então esse diálogo, depois de longo silêncio significativo:
- Matias, porque não se casa com a Lucilia? - Não. Não caso, porque eu quero casar é com a sua filha Leonor.
Daí a um mês, o professor Matias da Silveira recebia como esposa a gentil Senhorinha Leonor Mendes Beirão, extremosa filha do nosso dileto amigo Dr. Olívio Beirão, figura de destaque na alta sociedade tradicional de Turmalina.
Isso, há 47 anos passados.
Qualquer semelhança de personagens desta história com indivíduos pertencentes à nossa família, deve ser atribuída a mera coincidência.
Também em 1947, seis meses antes de seu falecimento, Leopoldo de Miranda viajou até Araxá para observar um eclipse com seu filho Heráclito e a esposa deste, Consuelo. Escreveu Leopoldo um diário de lembrança desta viagem:
"Saímos de Belo Horizonte na R. M. V. ‎[Rede Mineira de Viação]‎ às 21 horas de 17 de Maio de 1947. Andamos 9 horas de noite. Logo ao amanhecer do dia 18, puz-me em observação: vi roças de milho-tambueiras, uma outra com espigas regulares; gado vacum em bôa quantidade, mas cavalar insignificante. Abacaxi em grande quantidade, - uma Estação tomou-lhe o nome "Abacaxi". Ainda há muitos ranchos de capim. Cana de açúcar em quantidade, bananeiras bastante! Às 9 e meia horas vi uma fazenda com gado e larageiras de fazer inveja!...
Na beira da estrada até grande distancia vêm-se um capinzal de diversas qualidades, ainda muito verdes. Tigre, estação depois de Bambui, – grande quantidade de lenha na margem; Tigre é rodeada de morros – capim e bambual. Em Tigre há tábuas de pouca largura; há um fundangão – passa um ribeirão volumoso.
Uruburetama, – parada, algumas casas.
A R. M. V. toma todas as direções – dos 4 pontos cardeais...
Uma fazenda grande – gado vacum. Um túnel de segundos de escuridão! Campos Altos. Às 8 e meia horas chá com pão. O trem matou um cavalo!...
Itamarati – grande coqueiral macaubas! Almoçamos na R. M. V.: eu, Heráclito e Consuelo; esta teve um pequeno enjôo.
Tobaty adiante; Riacho Corumbá. Uma fazenda com 2 éguas paridas – gado vacum e cavalar; residência do engenheiro da Rêde.
Ibiá – cidade banhada pelo rio Corumbá; tem charqueada; ponte: a melhor da zona circumvisinha.
Estação de Estêvão Lôbo.
Na caixa d’água demoramos 30 minutos e partimos às 4 horas e 40 minutos. Há criação de porco e galinha.
Tamanduapava – grotas, sucavôes, florestas seculares!
Chegamos às 17 horas e 30 minutos à Cidade do Araxá.
Fomos de automóvel para o Grande Hotel de Barreiro, quartos 452 e 453.
Oswaldo Antunes de Oliveira - gerente, quasi proprietário. O Hotel foi feito por Benedito Valadares, quando Governador, no período da ditadura. Tem o Hotel 332 quartos. Perguntei pelo maior criador de gado vacum? José Adolfo tem de 3 a 4000 cabeças por ano. Um gaiato; além de gado, cachorro!...
Na manhã de 19 fomos à fonte de D. Beija, antiga proprietária, água radio-ativa. Árvore secular, onde ela passava na sombra, as horas de lazer. Lama medicinal, onde existe uma máquina tocada à água, separando a nutrição para as roças e quitandas!
Há uma placa dos engenheiros Freire & Sodré. Ossos de animais antigos, antes da nova era!...
Jardins regados artificialmente, por meio de canos de ferro que jogam a água a grande distancia e em diversos sentidos, como chuva!...
À noitinha, depois do jantar que é sempre às 19 horas, assentei num banco de pedra, em frente ao Grande Hotel. Estávamos Dr. Heráclito, D. Consuelo e eu, para vermos o eclipse! Eram 9 horas, 20 de Maio, todos atentos, quando 2 aviões apareceram entre as nuvens, parando entre as nuvens que cada vez mais fechavam o horizonte! Às 9 horas e 25 minutos – tudo escureceu, como se fosse noite; acenderam-se os lampiões, mas minutos depois pôz-se a clariar como se fosse uma nova aurora! Não se viu nada! Os Russos que lá abarracaram, com instrumentos astronômicos, para tirarem a limpo os estudos de Einstein, quasi choraram por ficarem a ver navios!... Façam o cálculo que vieram pelo mar do Norte, quebrando gêlo para passarem; armaram aparelhos e à última hora – só nuvens pretas!... Só às 10 e meia horas o sol se pôz a produzir calor, depois de pingos grossos de chuva!...
O pôvarco de luneta escura observava.
As 2 filhas de D. Hilda Rabelo da Mata Machado, Ione e Ivete, foram e voltaram de avião. O Dr. Heráclito com maquina fotográfica punha a mirar algum ponto mais claro, procurando fotografar alguma passagem do eclipse.
O Grande Hotel tem um apartamento Presidencial com a diária de Cr$3.000,00.
O descobridor de Araxá foi o bandeirante Lourenço Castanho Jaques de 1636 a 1736.
O Grande Hotel hospedou 00 que vieram para ver navios!...
Tem a Cidade um Ônibus – Barreiro, que cobra, por ida e volta, Cr$4,00. Na noite de 20 para 21, Heraclito e Consuelo foram ouvir canções em benefício da escola publica de Barreiros; mas eu deitei, levantando mais cêdo e eles ainda dormiam. Não quiz tocar a campainha para vir o café; pois podia ficar frio. Desci no Elevador e fui à varanda. Serviram-me de tira jejum e dei de gorgeta Cr$5,00.
Saí para o jardim, aguardando a chegada do Ônibus Barreiro.
Atravessou-me uma criança pobre a quem dei quarenta centavos.
Pouco depois chegou o Ônibus; fui à Cidade, demorando apenas 10 minutos. Quando cheguei ao Grande Hotel, Heraclito disse-me que tinha ido ao acampamento dos Russos que pretendiam demorar mais uma semana. Fomos depois do almoço à Cidade de automóvel; demoramos bastante tempo, seguramente duas horas. Apeamos na rua Presidente Olegário Maciel; depois de Consuelo comprar uns objetos, fomos à praça Benedito Valadares – o grande benfeitor de Araxá, placa colocada pelo prefeito – Álvaro Cardoso.
A estancia de Araxá dista 10 minutos de automóvel da Cidade do mesmo nome, tendo ao Norte e Oeste a cidade de Perdizes; ao Sul Sacramento e a Leste – Ibiá.
Araxá, na língua dos indígenas, quer dizer – Cidade alta, onde o sol se vê primeiro em toda América do Sul. A volta fez-se na Quinta-Feira, 22 às 11 e meia horas, na mesma R. M. V. e chegamos no dia seguinte a Belo Horizonte, às 7 e 10 da manhã.
Perdi minha boceta de tomar rapé, prezente de Sinhá Andrade. Não pensem que não fui à Rede Mineira de Viação procurar. Perguntava num escritório: É ali; é acolá; é mais adiante... e assim fez-me lembrar do "Diário da Tarde" em reclamação contra o desleixo existente. Afinal procurei o carro onde vim; estava fechado e o José Macaco não estava presente. Nessa noite, um guarda pediu-me dez cruzeiros, pois estava sem vintém para concluir a marcha.
Em conclusão: belo sexo, vi de todas as espécies – Sereias, Águias, Pavões, Tucanos, Araras, Emas, Perdizes, Garças, Avestruzes, Anús – brancos e pretos, Codornas, Faizões, Maracanãs, etc. até corujas!..."
Nesta mesma caderneta, encontra-se o seguinte texto:
"Setembro de 1947
Sei, pela História Universal, que este nosso Planeta aparece e desaparece - de 2000 em 2000 anos, por consequência só restam 33 anos, em face de um historiador ter dito que o Kalendário Juliano, reformando o Lunar que foi feito 19 anos depois que a terra apareceu, confirma esta concluzão!...
Como as leguminozas não podem aparecer sem os três elementos - ar, água e calor, recomendo muita economia para atingirem o fim que não está longe!...
Como não deixei constado, na minha auto-biografia, a substituição do Professor Sebastião Fernandes, por 15 dias, a pedido do Cônego manoel Alves, Inspetor Municipal, logo após ter me titulado normalista, venho fazer público este acontecimento. Nesta substituição deu-se o primeiro caso concreto de minha vida no cumprimento de dever. Houve uma briga entre os alunos - Herculano Cezar Pereira da Silva e Salvador R. Fróes. De acordo com o Regulamento de Instrução da época havia castigos físicos e prizão em quarto escuro, este castigo só se dava por terminado após as lições, terminado o horário do dia. Os dois brigões tiveram este castigo. Após o encerramento da tarefa do dia, antees de serem soltos com as recomendações regulamentares, chegou o Augusto Cesar, dizendo qu o pai, Cel. Manoel Cezar tinha mandado pedir que soltasse o Herculaninho que tinha almoçado pouco e devia estar com necessidade; também já estava cumprido o castigo e ambos foram soltos. Fechei a escola e fui para casa!... No dia seguinte, quando voltei, encontrei a vizinhança toda alarmada!... dizendo que o Cel. tinha ido de revólver em punho, clamando vingança aos céus e à terra!... só ficou nisso. Acabadas as aulas do dia seguinte levei o fato ao conhecimento do Cônego e este me disse: "foi pena que V. não dessa 1/2 dúzia de bolos de palmatória!... Pesquizando, soube que o professor não levava à sério a disciplina pedagógica!...
Esta substituição deu-se em virtude do professor Sebastião Fernandes precizar de ir ao Serro para ver uma herança de que era herdeiro. Não recebi vintém, mero favor!... Foi no ano de 1888!...
Em 1989, Agosto 19, fui para Piedade de Minas Novas, como professor adjunto. Tomei posse e fui para a escola primária - era sábado, o colega José Cerqueira - O Zuza - deu ???? aos alunos. Só entrei em exercício na Segunda-Feira. Dividimos os alunos. Do lado do Zuza ficou um aluno desses que só querem brincar e fazer artes. Não gostando da comédia, disse ao Colega que passasse o brincalhão para o meul lado. Por artes de Berliques e Berloques, contive o insubordinado, a ponto do Colega me chamar a atenção qeu o menino era filho de um chefão; mas não me retraí. No sábado chegou o Cel. José Pinheiro França, de uma chácara - Bananal, distante do arraial uns 6 kilometros. Daí a
‎[Neste ponto é interrompida a narração, no início da descrição, consta a data de Setembro de 1947. Leopoldo morria menos de dois meses depois.]‎
Foi sepultado no jazigo 134 do Cemitério do Bomfim em Belo Horizonte, MG.

View Notes for ...


Fontes

Fonte

ERROR 2: preg_replace(): The /e modifier is no longer supported, use preg_replace_callback instead
0 Error occurred on in function preg_replace
1 called from line 440 of file class_gedcomrecord.php in function _addName
2 called from line 463 of file class_gedcomrecord.php in function _getAllNames
3 called from line 52 of file class_source.php in function getAllNames
4 called from line 603 of file class_gedcomrecord.php in function getFullName
5 called from line 954 of file functions_print_facts.php in function print_main_sources
6 called from line 1639 of file individual_ctrl.php in function print_sources_tab
7 called from line 1329 of file individual_ctrl.php in function getTab
8 called from line 464 of file individual.php

Warning: preg_replace(): The /e modifier is no longer supported, use preg_replace_callback instead in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/classes/class_gedcomrecord.php on line 440
A Saga dos Mourão

Publicação: Edição do Autor
Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 56

  Texto: "Começou seus estudos na antiga Escola Normal e no Externato. Diplomado em 1888, foi nomeado professor da Escola Adjunta de Piedade de Minas Novas, hoje cidade de Turmalina, em agosto de 1889. Era, então, um jovem de 21 anos de idade, cheio de idealismo e confiante no futuro. Seus companheiros de mocidade duvidaram de que fosse capaz de enfrentar tão espinhosa missão. Na verdade, assumir uma cadeira de Professor Primário, em um remoto Arraial no Norte de Minas, à 250 km de Diamantina, exigia muito espírito de renúncia e sacrifício. Mas o jovem Leopoldo tinha acesa no espírito a chama do ideal. Ele se sentia como o portador de um fogo sagrado, que lhe cabia conduzir para iluminar o Altar da Pátria. Aceitou a grave investidura e partiu, com a alma dilacerada pela saudade. Em Diamantina ficaram as doces recordações da mocidade, os colegas de estudo, os inesquecíveis companheiros das diversões, das caçadas e das serenatas. Acima de tudo, ouviu a voz do dever que o chamava.
Partiu em companhia de um colega de estudos, que era também um companheiro ideal, outro grande nome do magistério mineiro - o Professor Artur Queiroga. Os dois jovens montaram a cavalo em Diamantina e seguiram viagem por vários dias consecutivos, através de chapadões desertos, até chegarem ao respectivo destino. Leopoldo de Miranda assumiu a cadeira da Escola Adjunta de Piedade de Minas Novas e Artur Queiroga foi assumir a cadeira da Escola da Sede do Município, na cidade de Minas Novas.
Podemos imaginar as amarguras que devem ter sofrido aqueles dois jovens, em plena mocidade, separados das suas família, para alfabetizarem crianças daqueles lugarejos distantes. Mas eram impelidos por sua verdadeira vocação de Mestres e seguiram seu ideal, com fé e confiança. Leopoldo assumiu sua cadeira em 18 de agosto de 1889 e ali exerceu o magistério até o fim do ano de 1890. Em 1892, foi nomeado Professor da Escola do Pinheiro, outro pequeno arraial, porém mais próximo de Diamantina. Lá exerceu o magistério até o ano de 1898, data em que a chamada "Lei do Repouso" suprimiu todas as escolas rurais de Minas Gerais.
Regressando a Diamantina, aí se casou com a também professora Maria Mercedes Mourão de Miranda. Continuou a residir naquela cidade, onde exerceu os cargos de Escrivão de Coletoria, Coletor Estadual e Coletor Municipal, sucessivamente, até o ano de 1931. Nunca, porém, se afastou do magistério. Lecionava sempre e colaborava assiduamente nos jornais que se editavam em Diamantina, entre os quais, "O Aprendiz,", "A Diamantina", "O Operário" e "Cidade de Diamantina".
Havendo sido extinta antiga Escola Normal, a mocidade diamantinense que concluia o Curso Primário não podia continuar seus estudos, a não ser nos internatos do Seminário ou do Colégio Nossa Senhora da Dores. Preocupado com este problema, Leopoldo convocou uma reunião de pessoas ilustradas da Cidade e, no dia 12 de outubro de 1913, fundou a Escola Normal Américo Lopes, que começou logo a funcionar. Em 4 de maio de 1914, recebeu a Escola a visita oficial do então Presidente do Estado - Júlio Bueno Brandão e do seu Secretário Américo Lopes - que ali mesmo assinaram o decreto de reconhecimento.
Esta escola funcionou ininterruptamente, da data de sua fundação, até o ano de 1928, tendo formado muitas gerações que por lá passaram. Mas pouca gente sabe com quantas dificuldades defrontaram aqueles mestres e quantos sacrifícios tiveram de fazer, para que o estabelecimento continuasse funcionando. Os professores trabalhavam de graça, não recebiam vencimentos e, muitas vezes, eram obrigados a tirar dinheiro do próprio bolso, para a compra dos móveis que guarneciam a Escola. Aquilo foi obra de abnegados apóstolos da causa do ensino. Em 1929, foi a Escola oficializada pelo Governo do estado e só então os Professores começaram a receber remuneração dos cofres públicos.
A 23 de março de 1938, já velho e cansado, transferiu-se para Belo Horizonte. Sofria, porém, de nostalgia da sua velha cidade e procurou o derivativo da vida rural. Passou a morar em uma Chácara, no bairro da Pampulha, onde se sentia bem, em contato com a natureza. O amor à gleba, herdado de seus pais e fixado na infância, que transcorreu feliz na Fazenda do Tijucussu, foi uma constante na vida de Leopoldo.
Mas os afazeres da chácara não lhe tiraram o zelo do magistério e nem lhe extinguiram a vocação de professor. As horas vagas, do dia e da noite, ele as dedicava a lecionar gratuitamente aos meninos da vizinhança. Assim colaborou com a causa do ensino, durante toda a sua longa vida, com humildade e modéstia, mas com abnegação e perseverança. Estava convencido de que o Brasil só se tornaria uma nação poderosa quando eliminasse o analfabetismo da população. Acalentou essa grande idéia até às vésperas de sua morte.
Foi sepultado no Bonfim, no Carneiro 134, do Quadro no. 53, em Belo Horizonte."
‎(Retirado de "O Farol" - órgão oficial do G. E. Prof. Leopoldo de Miranda" edição especial de 31/10/1968, quando o Grupo comemorava o centenário de nascimento de Leopoldo de Miranda. Colaboração: Maria Vanita Mourão de Miranda.)‎
Pelo Decreto Estadual no. 10.192, de 20/12/1966, publicado no "Minas Gerais" de 21/12/1966, as Escolas Combinadas da Vila Ineco, em Belo Horizonte, foram transformadas em Grupo Escolar com a denominação Professor Leopoldo de Miranda.
"Leopoldo era exímio caçador, certa ocasião foi a uma caçada com um grupo de companheiros, na Serra do Cabral. Lá chegando, cada um tomou uma direção. Leopoldo já estava longe e nada de atirar, ouvia os tiros dos amigos de todos os lados e ele nada. Afinal depois de muito andar seu cão perdigueiro, de nome Nero, estancou, levantando uma perdiz. Depois mais uma, apenas três no total. Andou o resto da manhã até a hora de encontrar os amigos, e ele voltou todo humilhado carregando apenas as três perdizes. Quando chegou, não teve coragem de enfrentar o olhar zombeteiro dos colegas e colocou sua três perdizes em cima dos alforjes. Nessa hora os amigos começaram a bater palmas e gritar vivas, pois nenhum deles tinham conseguido pegar coisa alguma durante toda a manhã. Participaram dessa caçada: Dr. Teles, João Leão, Sebastião Rabello, Catãozinho e Dr. Ramalho".

Fonte

ERROR 2: preg_replace(): The /e modifier is no longer supported, use preg_replace_callback instead
0 Error occurred on in function preg_replace
1 called from line 440 of file class_gedcomrecord.php in function _addName
2 called from line 463 of file class_gedcomrecord.php in function _getAllNames
3 called from line 52 of file class_source.php in function getAllNames
4 called from line 603 of file class_gedcomrecord.php in function getFullName
5 called from line 954 of file functions_print_facts.php in function print_main_sources
6 called from line 1639 of file individual_ctrl.php in function print_sources_tab
7 called from line 1329 of file individual_ctrl.php in function getTab
8 called from line 464 of file individual.php

Warning: preg_replace(): The /e modifier is no longer supported, use preg_replace_callback instead in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/classes/class_gedcomrecord.php on line 440
Outros Tempos... Quando eu era Heroína

Publicação: Edição da Autora
Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 56

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home/u886965341/domains/espeschit.com.br/public_html/tree/includes/functions/functions_print_facts.php on line 56

Detalhes da Citação:  pp. 53-54
  Texto: "Nossa infância, despreocupada de problemas financeiros, teve seu fim.
A irresponsabilidade de um auxiliar, amigo infiel, aproveitando-se de uma grava doença que acometeu Pai, tendo como consequência seu afastamento do serviço, onde era o chefe, provocou grande desfalque, na repartição.
Não fora um atestado do médico, Dr. Soter, provando que nas datas do desvio das verbas, Pai estava entre a vida e a morte, vítima de tifo, as consequências, para ele, teriam sido as mais desastrosas.
Mas, as finanças da família sofreiram seus efeitos.
Um a um, todos os bens do casal foram vendidos, procurando indenizar os desfalques ocorridos, que apareciam, aos poucos.
Nada sobrou. Terras, gado, sítio, jóias, tudo foi vendido. A própria casa, onde residíamos foi hipotecada. As empregadas foram despedidas. Aulas extraordinárias suspenças...
Naquela ocasião, admirável foi a atitude da professora D. Amita que não interrompeu as aulas de piano que dava a Tetela, continuando a ministrá-las, gratuitamente. Tornando-se pianista, Tetela, por muito tempo, tocou no cinema, que era mudo, ganhando algum dinheirinho com que ajudava na despesa da casa.
Foram duros anos que se seguiram.
Os filhos mais velhos, transferiram-se para a Capital, onde iriam completar os estudos e conseguir algum emprego.
Cada qual cuidou da sua vida. E muitas vezes, mandavam-nos algum dinheiro, que sempre chegava em muito boa hora.
Mãe e filhas faziam todo o serviço doméstico.
Cozinhavam, lavavam, engomavam, costuravam. Mas tudo era feito como em "mutirão", cada uma se encarregando de uma tarefa, que era executada, alegremente, eu bem me lembro.
Havia momentos de lágrimas, sim.
Era quando se desejava um vestido ou sapato novo e não conseguia, ou ir ao Cinema, o que acontecia raramente, por medida de economia.

View Sources for ...


Mídia
Não há nenhuma Mídia para essa pessoa.
View Media for ...


Família com Pais
#1
Leopoldo Luiz de MIRANDA ‎(I1090)‎
Nascimento 31 Outubro 1868 Senador Mourão ‎(Fazenda do Tijucussu)‎, MG, Brasil
Falecimento 10 Novembro 1947 ‎(Idade 79)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil
#2
Irmã
Eufrozinha Rufina Perpétua Mayer de MIRANDA ‎(I1099)‎
Nascimento Sim
Falecimento Belo Horizonte, MG, Brasil
Família com Maria Mercedes MOURÃO
Leopoldo Luiz de MIRANDA ‎(I1090)‎
Nascimento 31 Outubro 1868 Senador Mourão ‎(Fazenda do Tijucussu)‎, MG, Brasil
Falecimento 10 Novembro 1947 ‎(Idade 79)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil
10 anos
Esposa
 
Maria Mercedes MOURÃO ‎(I1091)‎
Nascimento 22 Março 1879 23 18 Diamantina, MG, Brasil
Falecimento 9 Agosto 1959 ‎(Idade 80)‎ Belo Horizonte, MG, Brasil

Casamento: 3 Fevereiro 1900 -- Diamantina, MG, Brasil